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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

“SURPRESAS” ATRAPALHAM OBRAS DO ITAQUERÃO

por: Caroline Brito e Eduardo Camargo


foto: Jose Patricio/AE

Desde o anúncio do Brasil como sede para a Copa de 2014, muitas críticas já foram feitas. O atraso de obras envolvendo estádios e infraestrutura é comentado diariamente, porém, nos últimos meses, o estado de São Paulo ganhou atenção especial da entidade máxima do futebol mundial, a FIFA, e até mesmo correu o risco de ficar fora do evento, por culpa da demora na escolha de seu campo sede, no imbróglio envolvendo o estádio Morumbi e o projeto Itaquerão, que se apresentou como imediata solução, mas trouxe muito mais polêmica e problemas a serem resolvidos.


Processos de licenciamento ambiental são um dos principais fatores para atrasos de obras públicas e privadas, mas, como explica o engenheiro ambiental, Marcelo Alkimin, 27, não são o principal empecilho nas obras em Itaquera, onde ficará o futuro estádio do Sport Clube Corinthians Paulista, diz:


“O estádio foi dispensado de fazer o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) que é o estudo que mais despende tempo, e segundo porque o Itaquerão é um projeto privado de interesse público, o que poderá, e com certeza irá, exigir que o governo intervenha a favor do projeto junto ao órgão ambiental regulador para que de prioridade no licenciamento do estádio”. Ainda segundo o ambientalista, o que realmente pode vir a atrapalhar o andamento do projeto, são os dutos da Petrobrás, que ficam localizados no terreno da construção, comenta:


“No meu ponto de vista o que mais poderá atrasar as obras é o desvio dos dutos da Petrobras. Até onde sei a Transpetro (Petrobras Transporte) está aguardando assinatura de um contrato em que os empreendedores do estádio assumirão a responsabilidade pelos custos da obra. Este sim eu acredito que seja um dos pontos mais críticos, pois a remoção dos dutos (gasolina e óleo) além de onerosa – aproximadamente 30 milhões - poderá acarretar na contaminação do solo, o que atrasaria as obras, podendo ser inclusive embargada, por conta dos riscos de contaminação e explosão, dependendo do nível da contaminação”.


O entrevistado enfatiza que o grau de dificuldade para esta operação se deve justamente pelos tipos de componentes químicos encontrados nos dutos, que ligam São José dos Campos a São Caetano do Sul, e que em caso de acidente contaminariam o solo, necessitando de grande atenção da Transpetro no momento da remoção. Outro fato envolvendo os dutos complica ainda mais a situação. A presença deles impede que algum tipo de construção seja feita na área, mas, segundo informações do Corinthians, as tubulações estão localizadas na parte onde será erguido o futuro estacionamento do estádio, não nas arquibancadas, como havia sido dito. O clube informa que conversou com a petrolífera e que o projeto está dentro das normas.


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