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segunda-feira, 6 de junho de 2011

O Mercado da "Educação"

O mercado da “educação”
O preço abusivo das atividades extra
por: Caroline Brito e Eduardo Camargo
Atualmente o Brasil não é reconhecido mundialmente como um dos países com os mais altos índices de educação básica, pelo contrário, segundo o último ranking realizado e divulgado pela UNESCO, em janeiro deste ano, o Brasil perdeu posições em relação a 2009, de 76º para 88º lugar entre 128 países. O ensino particular tornou-se uma válvula de escape para a precariedade das escolas públicas brasileiras e acaba sendo muito procurado, porém muitas vezes possuí atividades que compõe a média final dos alunos, que estão fora do alcance financeiro dos pais, criando assim um empecilho a mais para se obter uma educação de bom nível.

Em entrevista, Ivani Sartori, diretora do COC, Colégio Osvaldo Cruz, um dos mais famosos e procurados colégios da região de Osasco, fala sobre a importância das escolas particulares e qual seu diferencial na aprendizagem dos alunos: “A escola particular propicia ao aluno um conhecimento amplo. Por possuir aulas mais dinâmicas, proporciona aos estudantes além da informação, a formação necessária”.
 
Ivani Sartori afirma ainda, que as atividades extracurriculares são essenciais para que o aluno tenha uma boa formação, pois para ela essas atividades fazem o estudante compreender melhor os conteúdos, além de ensinar sobre os valores e respeito ao outro. Quanto à valia, cobrada fora da mensalidade, à diretora declara: “Não embutimos valores de viagens na mensalidade do aluno, pois não podemos obrigar o aluno a participar de atividades que ele não tenha condições de pagar”. A entrevistada comenta que há outras possibilidades para o estudante compor sua nota, pois se o mesmo tiver problemas financeiros e não conseguir acompanhar a sala nas atividades propostas, ele realizará outra atividade que venha atingir o ideal dado pela instituição, efetuando passeios mais acessíveis ou pesquisa em biblioteca. Também segundo a diretora, está prevista uma prova para os alunos ingressantes, a fim dos mesmos conseguirem uma bolsa, e ser admitido no COC com uma redução da mensalidade.
 
As dificuldades encontradas no ensino público, que envolvem não apenas a péssima qualidade da maioria das instituições, mas também a violência presente nelas e vários outros aspectos que desqualificam as mesmas, tem feito com que o ensino particular seja cada vez mais requisitado. Segundo Silvana Amorim, autônoma e mãe de quatro filhos, e que pagou escolas particulares para suas filhas por muito tempo, sendo que uma delas estudou em um colégio do gênero da 2ª série ao 3º ano do ensino médio, diz qual é sua visão sobre as atividades extracurriculares: “Não sou muito a favor, além do custo alto, eles não aproveitam para aprender e sim para se divertir”. Apesar da clara insatisfação, quanto algumas das atividades propostas, a mãe declara sobre a qualidade do ensino privado: “Com relação a qualidade estou satisfeita, pois além da carga horária que é proposta durante o ano, a escola proporciona extras diariamente, dando oportunidade de melhor estudo e aprendizado para não ficar com tempo ocioso”, finaliza.

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